História da Raça
A partir de 1760, com o início da Revolução Industrial, o crescimento das cidades estimulou a demanda por bens alimentícios produzidos na zona rural. A chegada das ferrovias é normalmente vista como o sinal do começo do declínio do transporte urbano por cavalos. No entanto, eles acessoriamente se mantiveram úteis.
De fato, documentos mostram que, em 1893, as empresas ferroviárias possuíam uma manada de mais de 6.000 cavalos para auxiliá-las a distribuir as mercadorias encaminhadas por trens. Além disso, somente as empresas de transporte londrinas empregavam ao menos outros 19.000 cavalos. Desses cavalos, a grande maioria eram Shires.
No entanto, com o surgimento dos veículos à combustão, o uso dos cavalos declinou. Com isso, o número de cavalos Shire na Inglaterra diminuiu de acima de um milhão para alguns poucos milhares, pela década de 1960, e a raça passou a correr sério risco de extinção.
Ainda hoje, a raça é considerada sob risco pelo grupo conservacionista inglês UK Rare Breeds Survival Trust, o que significa que a população de Shires na Inglaterra é estimada em menos de 1500 exemplares. No entanto, a raça vem recentemente ganhando grande popularidade, tanto como animal de trabalho como de sela.
Cavalos Shire têm se destacado em diversas atividades equestres, tais como adestramento, atrelagem, cavalgadas a lazer e cross country, entre outras.